quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Delírio no País das Maravilhas







Autor: Charles Lutwidge Dogson (pseudônimo Lewis Carrol)
Local: Inglaterra
Data: 1865

            É uma história “fora da realidade” para padrões infantis.
            Carrol era um homem muito tímido, e gostava de crianças do sexo feminino e de contar-lhes histórias. Fez amizade com o reitor da Universidade de Oxford, Henry Liddell, pai de Alice.  Costumava passear de barco com a menina, momentos em que lhe contava histórias. A pedido dela, resolveu assentá-las por escrito. Alice, então com sete anos, tornou-se musa inspiradora e modelo fotográfico.
            A inocência do livro é posta em ótica suspeita. Um artigo publicado no The Lancet sugeriu que parte da narrativa de Alice foi inspirada em pessoas e fatos reais de seu cotidiano: acredita-se que o coelho atrasado seja uma crítica à repressão da sociedade da época; a lagarta fumante é associada ao consumo do ópio; o gato, às suas crises de enxaqueca, seguidas de alucinações. O Chapeleiro Louco, uma representação da doença mental que acometia os fabricantes de chapéu por ficarem expostos ao mercúrio.
            Sob a aparência sóbria, escondia-se um sentimento de culpa que corroía Carrol de forma implacável. Os estudiosos discordam quanto aos fetiches do autor; uns encaram as fotografias eróticas como “Culto da Criança Vitoriana” (onde a nudez representava a inocência). Há também, conhecimento de que já se fazia uso da cannabis e do haxixe naquela época, assim como a popularidade dos chás de cogumelo era notável.
             A pergunta que não quer calar...
            O legado de Carroll está longe de ser inocente. Além as cartas apaixonadas a filha (que foram queimadas por sua esposa) e o fetiche por retratos de meninas nuas, a suspeita de pedofilia era muito sugestiva.
           A fim de proteger ainda mais as crianças de substâncias químicas, que projeto de Lei você sugeriria? E quanto à castração química, você concorda com o projeto de lei do deputado Marcelo Crivella?

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