terça-feira, 8 de novembro de 2011

Parafilia Ilegal e Chapeuzinho







Chapeuzinho Vermelho
Autor: Charles Perrault
Local: França
Data: 1697

O lobo chegou à casa da avó; matou-a e cortou sua carne em fatias. Depois, vestiu sua roupa de dormir e ficou deitado na cama, à espera. Pam, pam.
Olá, vovó. Trouxe para a senhora um pouco de pão e de leite.
Sirvase também de alguma coisa, minha querida. Há carne o vinho na copa.
Tire a roupa e deitese na cama comigo.
Para cada peça de roupa corpete, saia, anágua e meias a menina fazia a mesma pergunta. E, a cada vez, o lobo respondia:
Jogue no fogo. Você não vai precisar mais dela.
Quando a menina se deitou na cama, disse:
Ah, vovó! Como você é peluda!
É para me manter mais aquecida, querida.
Ah, vovó! Como são compridas as suas unhas!
É para me coçar melhor, querida.
- Ah, vovó! Que dentes grandes você tem!
- É para comer melhor você, querida.
E ele a devorou.
            A pergunta que não quer calar...
Em uma versão mais antiga o lobo estripa a vovó e obriga a Chapeuzinho a comer a refeição macabra: carne da vovó e "vinho" (...). A menina pede para ir ao banheiro (naquela época ficava do lado de fora das casas) e foge desesperada. O pior: a figura "lobo" pode fazer referência ainda a pessoas de má-fé e pedófilos... em uma gravura mais antiga, chapeuzinho aparece nua a mesa, comendo a carne da avó, ou com um "top" sob o busto...histórias da carochinha que ninguém conta...
Dentre as estudadas neste blog, esta é a relativamente mais 'amena' de todas. Surge a questão: como justificar às crianças a necessidade de sempre falar a verdade, de não escutar os estranhos, e obediência aos pais?

Um comentário: