quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Príncipe Abusador de uma Garota Adormecida



Bela Adormecida
Autor: Charles Perrault
Local: França
Data: 1697

            Talvez, a mais bizarra. Na história original, ao cortar o dedo na agulha e adormecer devido o encanto - até aí tudo bem – reza Hollywod que somente o beijo do príncipe encantado livrará a jovem Tália do feitiço e, de quebra, viverão felizes para sempre... Na historinha original, mais uma vez, o príncipe acaba por estuprar aquele corpo caído, o que na era medieval não era considerado barbárie, visto que a vontade real sempre seria maior que a integridade de uma pobre moça, pobre e analfabeta - apenas mais uma desgraçada! Ela fica grávida de gêmeos que, ao nascerem, na angústia de fome e procura do seio materno, encontram o dedo da mãe e, ao sugar e retirar a agulha "encantada", fazem-na acordar com os filhos recém-nascidos nos braços.

             A pergunta que não quer calar...

            Instigante: ao reclamar a paternidade, o príncipe, que já era casado com a própria mãe, a recolhe no castelo e toma-a por amante. Sua esposa-mãe real era incrivelmente feia - porém, rica, e literalmente, devoradora de crianças, já que também era uma ogra...  
            Estupro, abandono e incesto nas fábulas infantis?
            Seu filho assiste a novelas e seriados na TV aberta? Acredita que ele já tem capacidade de absorver todo o conteúdo sexual subliminar nos programas, ou discorda que os meios de informação não colaboram para esse florescimento da latência precocemente? No carnaval, mulheres rebolam na frente das câmeras em trajes não menores – mas talvez inexistentes - nas novelas, sempre há o “garanhão” que, além de ter vários relacionamentos amorosos, ainda é qualificado como protagonista em algumas produções, apesar de seu comportamento eticamente questionável...

Nenhum comentário:

Postar um comentário